de toda a transitória eternidade,
na pouca liberdade em que se vive,
que do amor minha alma não se prive
e nem se renda ao medo da saudade.
prefira ser abrigo dessas mágoas
e antes sofra as mais agudas dores;
provando dessas cristalinas águas
pra não morrer de sede e sem amores...
para que no fim (se de fato existe)
eu possa olhar pra trás e não chorar
de arrependimento ou de rancor.
pois no mundo não há nada mais triste
do que viver sem Vida e, sem amor,
guardar no peito o que se quer gritar...
Lucas de Oliveira
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8 comentários:
É isso ai, Lucas... nada pior do que viver sem vida, guardar o grito... como diria o poetinha: 'quem já passou por esta vida e não viveu, pode ser mais, mas sabe menos do que eu...'
Abração, meu velho...
Isso dói.
Sufocar o grito..mas vivemos assim...
Raul disse: "Ele só quer, só pensa em adaptar, na profissão, seu dever é adaptar.."
É faz total sentido..A vida, na maioria das vezes, não é como imaginamos...
Lindo isso.
Carpiem diem!
Simplesmente perfeito. Sem ser rebuscado, simples e envolvente. Seu soneto é tudo que a palavra precisa ser. Parabéns, valeu!!!
"e antes sofra as mais agudas dores;
provando dessas cristalinas águas
pra não morrer de sede e sem amores."
Muito bom, Lucas! E sufocar o grito... Quantas vezes não já fizemos isso na nossa vida?
Abraço
´Não existem clichês para os poetas'
vc é lírico, é simples,a peosia é bela por ser sua, por ser ela.
da beleza desta poesia se reflete como na vida, uma vida sem amor é uma vida sem beleza.
Honrado, Galera.
Valeu mesmo.
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