Eu dançarei sobre teu túmulo
Paganismo inerte
Música que aprendi de ouvido
no pulsar envenenado
que me perverte
mas sustenta o fôlego
Desfarei no giro dos quadris
A mandinga e a modorra
que lançaste-me sobre a libido
Terei teu jazigo revolvido
e até o verme cuidarei que morra
sob as coreografias febris
Ocorre que as hordas infernais
são palavras esmurrando minha porta
e as logro no encanto das cantigas
E entre ritos novos e práticas antigas
vislumbro-te carne exposta
nas manchetes dos jornais
Breve dançarei sobre teu túmulo
Iriene Borges
sexta-feira, 13 de março de 2009
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5 comentários:
Como são bons seus poemas, Iriene!
Forte, com conteúdo e lirismo ao mesmo tempo...
Todo meu respeito...
Grandioso! Gosto demais deste, em especial. Bjo.
Ela é demais.
apreciado.
Oh!
Grata a todos.
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