Tomarei a desgraça por pilhéria
Na decomposição da noite escura
Ao me entregar nos braços da natura
Como um filho que volta da miséria.
Eu desmantelarei essa armadura
Da hipocrisia que se mostra séria
E no desmembramento da matéria
Eu só darei valor à idéia pura!
E sem raiva, nem medo, nem tristeza,
Nem qualquer sentimento que destrua,
Ao mundo ostentarei minha alma nua
Que, mergulhada no éter do meu ser,
Foi transposta da sua natureza
Para os versos que agora estás a ler!
David Moura.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
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6 comentários:
David, que ótimo este poema... transposição da alma para o poesia... e da poesia para a alma...
Abraço!
Putz! Sem comentários... Eu adoro sonetos. Sonetos como esse, principalmente!
Porra David, este é um dos meus sonetos preferidos dos teus. que são belos, cheios de poesia.
E sem raiva, nem medo, nem tristeza,
Nem qualquer sentimento que destrua,
Ao mundo ostentarei minha alma nua
taí a síntese de teu poema tão sensível e bem cuidado.
"ao mundo ostentarei minha alma nua"
não esquecerei disso.
o primeiro quarteto ja fala por si e pelo belo poema!
lindo demais...
Depois do Boer...
Hummmm Acabaram comigo....posso ser enterrada com esmero.
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