segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Cerrado

Eis que o amor não chega
Tal qual água
Em plena seca

Solo ácido
Aves voando tão baixo
Feito os sonhos
Dos homens

Os pés
Não percorrem a
Imensa vereda

Desistiram de caminhar

Nos lábios
É o sabor agreste
Que me acompanha

O cerrado
Do meu coração
Em galhos
Retorce a vida
Contra a minha
Natureza


As lágrimas
Que jorram dos olhos
É pouca...

Endureceu-me
A terra
Acostumei
viver
Distante

Rusticamente
Guardada
Em minhas cascas espessas

ɱαгЇS

7 comentários:

Malu disse...

Cravo e canela pleno. Muito apreciado!

Giu Missel disse...

Maris é forte.
Esse mto lindo Maris.
bjos

Tati Tosta disse...

'cascas espessas'

Imensamente aprazível.

Anônimo disse...

Linas imagens. é um dos poemas teus que eu mais gosto...

Eric disse...

Lindo é muito pouco! Incrível, realmente incrível. Essa metáfora é demias, Maris!

Alexandre Spinelli Ferreira disse...

UAU! Lindo!
Parabens!

Ingrid Regina disse...

Só coisa boa por aqui ultimamente,