terça-feira, 3 de março de 2009

O Título das Forças Cegas

O Título das Forças Cegas
Por mais que eu contasse cabritinhos
Em minha cabeça vinham cabritas,
Todas esfoladas e regadas
Por um banho de gozo e luxúria,
Enquanto isso, um pouco adentro,
Um poço de lamúria...

Nas encostas barulhentas
O medo faz a si mesmo,
Deixando um crítico ressabiado,
Criando um vão retardado
Que engole cada centavo
Plantado no mês.

E por mais que eu saiba
O Título das Forças Cegas,
Custa-me entender passagens
Que não passam de vassalagens
Premeditadas por homens
E um homem mal.

Minha língua me sufoca,
Meus dedos querem um álibi,
Minha perna coça aflita,
Minha barriga me irrita,
Pois ela não consegue digerir
Esta razão maldita...

Augusto Loffredo

3 comentários:

Tati Tosta disse...

Fodástico,

adorei mesmo!

Malu disse...

esse poema é grandioso. Todo ele, muito expressivo. Dá uma impressão de que foi derramado. ADORO!!! Bjus.

Giu Missel disse...

Esse texto é mto bom!