No calor da noite, alheio ao som dos carros,
das lojas
e dos pulsares dos podres corações humanos,
o mar, cheio de merda e misantropia,
se deixava engolir pelo vazio
dos olhos
meus
uma canção de adeus
pairava sobre os prédios enquanto a lua,
em pétalas, se desfazia
pra me iluminar. . .
(um punhado de açucar, lançado ao mar,
não demora muito pra se transformar em sal)
a noite derretia
entre meus dedos.
Lucas de Oliveira
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
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6 comentários:
Fodáustico. Forte e denso. Gostei muito.
este escrito é mto bonito!
Muito bom.
Rendido. É muito talento!
Lucas, fazia tempo que não lia teus escritos...
Este está muito bom... gostei da imagem do açúcar no mar...
Abraço!
Açucar sal,
Sal açucar.
Como o ódio e o amor, o amor e o ódio.
Escreveu este com pena fina, Luquinhas!
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