no princípio era o caos, ausente, solidão
sem palavras, sem verbos, sem poesia ou rimas
antecipando o movimento da antiga fundação
no extase, no clímax da fricção das partículas
aeons mudos, lambídos pelo gélido libído astral
a dança dos átomos envolvidos na atração natural
matéria excitando anti-matéria num romance espacial
o som do gemído da primeira explosão, o gozo sideral
o nada, que era óvulo desconhecido, consentindo...
a vida em gametas como cometas, intro-metidos
vasto, escuro útero negro, em escuridão acolhidos
espaço aberto em contração esperando a geração da vida
galáxia, planetas parídos do intercurso celeste
o rastro das estrelas de um cortejo inocente
numa noite aclarada, um segundo de iluminação
veio a criança luz galopando no carrossel das constelações
Ian Salvador
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
mto bom esse poema.
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